A partir deste sábado, 15 de fevereiro, os passageiros do transporte público em Manaus terão que se adaptar ao novo valor da tarifa de ônibus. O custo da passagem passará de R$ 4,50 para R$ 5,00, um aumento de R$ 0,50. A medida foi confirmada pelo prefeito David Almeida e entra em vigor neste final de semana.
O prefeito de Manaus, David Almeida, falou sobre a gestão dos recursos destinados ao transporte público “Isso custou R$1,4 bilhão em quatro anos e esses recursos poderiam ser investidos e nós mudamos essa metodologia do subsídio. Nós vamos estipular um valor mensal, e as empresas nós vamos fazer uma auditoria com relação a bilhetagem, essas coisas, e diminuição do custo da passagem para que nós possámos economizar pelo menos R$ 200 milhões por ano com essa despesa”, disse o prefeito David Almeida.
No entanto, o aumento da tarifa gerou controvérsias e já foi alvo de contestação. O Ministério Público do Amazonas (MPAM) entrou com uma Ação Civil Pública para suspender o reajuste, alegando que não houve transparência no processo. O MP afirma que o Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU) e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Amazonas (Sinetram) não apresentaram estudos técnicos suficientes que justifiquem o novo valor.
Lilia Maria, autônoma, expressou sua insatisfação com o aumento da tarifa de ônibus em Manaus, que passará para R$ 5,00 a partir deste sábado. Para ela, o reajuste é excessivo, especialmente considerando a prática dos cobradores, que frequentemente não devolvem os 50 centavos quando o passageiro paga com uma nota maior.
“Quando falta 50 Centavo para dar, você não entra eu vejo, mas o cobrador não devolve os 50 centavos, quando não tem troco, aí já é um absurdo. Deveria ser R$ 4,00 a passagem, R$ 5,00 está muito caro, muito caro mesmo”, comentou Lilia, que se sente prejudicada pelo alto custo do transporte público, somado à falta de transparência e ao descaso em relação aos trocos. Como trabalhadora autônoma, ela afirmou que o aumento impacta diretamente no seu orçamento, dificultando ainda mais a rotina do dia a dia.
A promotora Sheyla Andrade, responsável pela ação, também apontou que a decisão foi tomada sem a realização de uma consulta pública, o que, segundo ela, fere o princípio da transparência e da participação popular nas decisões administrativas. “Não há justificativas claras e documentos que comprovem a necessidade desse reajuste neste momento”, afirmou a promotora.
Caso a liminar seja aceita pela Justiça, o aumento poderá ser suspenso antes de entrar em vigor, interrompendo a implementação da nova tarifa de R$ 5,00.
A situação segue acompanhada com atenção, tanto por parte das autoridades municipais quanto pelos passageiros que já se preparam para o impacto no orçamento mensal. O MP, por sua vez, aguarda uma decisão judicial que poderá reverter o aumento ou garantir que o reajuste aconteça de forma transparente e com a devida justificativa técnica.
Por Lauane Cristine
