Temporada 2025: Campeonato Brasileiro de Seleções
A formação de jovens atletas, dentro e fora das quadras, é estabelecida como prioridade pelo Campeonato Brasileiro de Seleções (CBS), cuja temporada 2025 teve início nessa última quarta-feira (19/3).
Em Manaus (AM), a Divisão Especial sub-18 masculina foi aberta, enquanto, em Maringá (PR), a categoria feminina do mesmo grupo etário iniciou suas disputas.
Um novo formato de competição, introduzido pela Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), inclui partidas em melhor de cinco sets desde a fase classificatória, assegurando maior tempo de quadra aos participantes. Medidas educativas contra a manipulação de resultados também foram incorporadas ao cronograma oficial.
As transmissões ao vivo foram realizadas pelo Canal Vôlei Brasil no YouTube
Entrevista de Dudu Monteiro de Paula com Carlos Rios, Diretor da CBV.
Carlos Rios, diretor da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), destacou a trajetória do voleibol como segundo esporte mais popular do Brasil, superando até o futebol em engajamento durante competições internacionais.
Ele ressaltou o ciclo de 22 anos de domínio mundial, atribuindo o sucesso à combinação de organização, formação de base e inovação técnica.
A CBV estruturou programas como a Escola de Treinadores, com 27 cursos anuais em três níveis (iniciação, base e alto rendimento), e a Superliga, uma das mais competitivas do mundo. Rios também enfatizou a descentralização do esporte, citando competições como o Campeonato Brasileiro de Seleções, que leva jogos a regiões como o Amazonas, democratizando o acesso e revelando talentos como Kisy e Maique.
Além disso, Rios abordou a evolução tecnológica, como o sistema Desafio, que usa câmeras de até 210 frames por segundo para decisões milimétricas, garantindo justiça nas partidas. Ele destacou a “versatilidade brasileira“, que mescla técnicas globais (como a bola sem costura japonesa) com a criatividade local, resultando em um jogo dinâmico e alegre.
Sobre desafios, mencionou a migração de atletas para ligas europeias, mas reforçou que a CBV mantém o foco em projetos como o Mentalidade Vencedora, que traz medalhistas como Érika e Dante para inspirar jovens. “Não se trata apenas de vitórias, mas de formar cidadãos e um legado que uma tradição e modernidade“, concluiu o diretor.
Entrevista de Dudu Monteiro de Paula com Marcus Martins, Presidente da FAV
Marcus Martins, presidente da Federação Amazonense de Voleibol (FAV), destacou os esforços para reposicionar o voleibol do Amazonas no cenário nacional. Com nove clubes filiados e competições que reúnem 20 equipes (10 masculinas e 10 femininas), a FAV busca ampliar a base de atletas e a visibilidade do esporte, investindo em cursos de treinadores e arbitragem.
Martins citou desafios históricos, como a falta de infraestrutura e patrocínios, mas ressaltou iniciativas como o Circuito Amazonense de Vôlei de Praia e a meta de ter quatro seleções de base na Divisão Especial até 2025. “Queremos que o Amazonas volte a ser protagonista, como foi nos anos 1980, quando tínhamos ginásios lotados”, afirmou.
Além disso, Martins enfatizou a diversificação do voleibol local, incluindo ligas, que atraem públicos distintos e fortalecem a comunidade esportiva. A FAV também planeja modernizar a transmissão de eventos via streaming para atrair patrocinadores e aumentar o engajamento. “O voleibol é praticado da infância à terceira idade, e temos atletas como Luizão, que representam o estado nacionalmente.
Precisamos unir organização, investimento em competições e apoio da iniciativa privada para reacender o amor pelo esporte”, concluiu o presidente, destacando a importância de projetos como o Brasileiro Master, que reúne atletas veteranos em novembro.
Sub-18 Masculino: CBS 2025 Reúne Futuras Estrelas do Vôlei em Disputa pela Divisão Especial
Para 2025, o Campeonato Brasileiro de Seleções (CBS) apresenta uma renovação em sua identidade visual, com o intuito de modernizar sua imagem e harmonizá-la com os padrões estéticos das demais competições geridas pela CBV
Por Lauane Cristine
