nO dia 16 de junho, Dia Mundial das Tartarugas Marinhas, países do continente americano e do Caribe celebraram avanços importantes na proteção dessas espécies emblemáticas. Seis das sete espécies de tartarugas marinhas existentes no planeta são encontradas ao longo da costa americana — incluindo a tartaruga-cabeçuda, a tartaruga-verde, a tartaruga-de-pente, a tartaruga-de-couro, a tartaruga-oliva e a tartaruga-iora, esta última endêmica do Golfo do México.
No Brasil, ações de conservação vêm sendo realizadas há mais de quatro décadas, com resultados significativos. Espécies como a tartaruga-verde e a tartaruga-de-pente tiveram sua classificação de ameaça reduzida graças ao esforço contínuo de monitoramento e proteção, especialmente em áreas de desova. No entanto, a tartaruga-de-couro ainda é considerada criticamente ameaçada de extinção, o que exige ações urgentes e contínuas.
Essa mobilização internacional ocorre principalmente por meio da Convenção Interamericana para a Conservação das Tartarugas Marinhas (CIT), que reúne países como Brasil, México, Estados Unidos, Argentina, Costa Rica, entre outros. Através de reuniões técnicas e diplomáticas, os países definem diretrizes sobre boas práticas na pesca, controle da poluição luminosa, e estratégias para mitigar os impactos das mudanças climáticas.
O Brasil desempenha papel de destaque por meio do Centro TAMAR/ICMBio, que coordena o Plano de Ação Nacional para Conservação das Tartarugas Marinhas (PAN-TM). Atualmente, uma rede com cerca de 30 instituições atua em diversas frentes de proteção ao longo da costa brasileira, promovendo a ciência cidadã, educação ambiental e ações de manejo direto.
A união entre ciência, políticas públicas e engajamento internacional torna-se essencial para garantir a sobrevivência das tartarugas marinhas e a saúde dos oceanos, fundamentais para o equilíbrio ambiental do planeta.