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Mini palestra sobre o fenômeno boi bumbá é realizada na UER – Universidade do Estado de Roraima

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Estando em Boa Vista-Roraima, minha filha Daniela Trindade de Souza, professora na Estácio da Amazônia, levou-me para ver o ensaio centrado em corporeidade e dança conforme o fenômeno boi bumbá, em Parintins, a ser promovido pela professora Cilene e seus pares, do curso de Educação Física na Universidade do Estado de Roraima.

Os referidos ensaios vinham acontecendo a mais de um mês, no auditório da referida Universidade, juto local onde ontem, dia 02 do corrente mês aconteceu o evento com a participação popular envolvendo professores, pais de alunos, o próprio reitor da citada Universidade.

Uma vez apresentado por minha filha e depois de checado meu currículo enquanto professor de História, pesquisador, historiador, romancista, […] e escritor a coordenadoria do curso de Educação Física, através da professora Cilene, convidou-me a proferir uma mini palestra sobre A cultura do boi bumbá em Parintins e porque aceitei fui o primeiro a me apresentar.

Subi no palco cantando toadas do boi bumbá Garantido homenageando Braulino Lima e o eterno Émerson Maia. Ato seguinte me apresentei enquanto professor, pesquisador, historiador e escritor vinculado ao IGHP – Instituto Geográfico e Histórico de Parintins, um entre patronatos de Pedro II pelo Brasil e pela Amazônia adentro e enquanto pesquisador, historiador e escritor patrocinado pela Gito Assessoria.

Sobre a Mini palestra:

Dia 02 de dezembro aconteceu, em Boa Vista -RR, no auditório da UER – Universidade do Estado de Roraima, a mini palestra sobre a história do fenômeno boi bumbá na Amazônia, com ênfase em Parintins.

O evento contou com a participação popular envolvendo professores, pais de alunos e os professores vinculados ao curso de Educação Física. A proposta era proferir uma palestra, mas em razão do que se objetivava no evento que impossibilitava a compreensão de um discurso acadêmico, decidiu-se por uma mini palestra centrada em informações básicas sobre o que vem a ser o fenômeno boi bumbá em seus três tempos históricos.

Considerando o interesse de professore e alunos sobre essa forma de expressão que vem encantando povos, continentes e gerações, o boi bumbá é mais que um simples evento festivo; é símbolo da rica, bela e complexa cultura amazônida, cujas raízes remontam à Amazônia Colonial.

O referido fenômeno procede dos populares brinquedos ibéricos enquanto Auto do boi no viés da dramaturgia conforme o “Theatro” Jesuítico nas Américas portuguesas que, enriquecido com elementos amazônidas o historiador Basílio Tenório o estuda entre as formas de expressão por ele entendidas como populares brinquedos ibero/amazônidas.

Ainda conforme Basílio Tenório, a história do fenômeno boi bumbá na Amazônia com ênfase em Parintins vem acontecendo em três períodos: Período do boi-de-roda que vai do século XVII a 1975, tempo em que o auto do boi era apresentado à semelhança das brincadeiras de roda, em primeiro momento enquanto ferramenta da companhia de Jesus no processo civilizador na Amazônia Colonial, que se divide em Bumba-meu-boi e boi bumbá e que em Parintins se enriquece na poética da rivalidade;  Período do boi-de-palco, que vai de 1975 a 1995, tempo em que o auto do boi passou ser apresentado conforme o Festival Folclórico de Parintins (criado em 19650, quando se apagaram as fogueiras e que surgiram os itens de pontuação no festival; período do boi moderno que vai de 1995 aos dias correntes, justo tempo atual em que o auto do boi é cultuado, apresentado e defendido na arena do Festival Folclórico de Parintins como: O Boi da Amazônia. Fato foi que na mini palestra proferida no auditório da UER – Universidade do Estado de Roraima foi esse o rápido discurso de Basílio Tenório.

 

Texto do escritor Basílio Tenório.

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