IA no trabalho: Produtividade versus ética em novo estudo global

A inteligência artificial está transformando os ambientes de trabalho, mas nem sempre de forma ética, revela o relatório Trust in AI da KPMG e Universidade de Melbourne. O estudo, que entrevistou 48 mil pessoas em 47 países, mostra que 51% dos funcionários já apresentaram trabalhos gerados por IA como se fossem próprios, evidenciando um uso não transparente da IA. Embora 72% dos entrevistados globalmente aceitem a tecnologia, apenas 39% em economias avançadas confiam plenamente nela, contra 57% em países em desenvolvimento.

Além dos dilemas éticos, a pesquisa destaca contrastes na adoção: enquanto 72% dos trabalhadores em economias emergentes usam IA regularmente, nas nações ricas o índice cai para 49%. Ferramentas gratuitas de IA generativa são as preferidas, muitas vezes utilizadas sem aprovação corporativa. Esse uso não transparente da IA já causa problemas – 46% admitem aplicações inadequadas, e 59% cometem erros por confiar cegamente nos resultados.

Por outro lado, mais de 50% dos entrevistados reconhecem ganhos em eficiência, qualidade e inovação, com 40% relatando aumento de receitas graças à IA. Contudo, 22% enfrentam maior carga de trabalho e estresse, sinalizando que a tecnologia ainda não está sendo integrada de forma equilibrada. Dois em cada cinco funcionários temem que a IA substitua seus empregos, revelando ansiedades sobre o futuro profissional.

O relatório apela por regulamentações claras e treinamentos corporativos, já que 44% violam políticas internas ao usar IA. Com a tecnologia se tornando inevitável, empresas e colaboradores precisam urgentemente estabelecer diretrizes para um uso responsável, garantindo produtividade sem comprometer a transparência e a confiança no ambiente de trabalho.

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