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Clima e aumento do consumo devem manter preço do café em alta

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O preço do café deve continuar a subir nas próximas semanas, principalmente devido aos efeitos dos eventos climáticos que impactaram a safra do grão nos últimos anos, além da crescente demanda global, especialmente pela entrada da China no mercado consumidor. A Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic) prevê que essa alta nos preços se manterá por mais dois ou três meses, até a safra deste ano, que começa a ser colhida entre abril e maio. No entanto, a estabilização dos preços deve ocorrer após a colheita, com uma possível queda apenas na safra do próximo ano.

Os preços aumentaram devido a uma série de fatores, como geadas, o fenômeno El Niño e o La Niña, que afetaram as safras de café no Brasil, o principal exportador mundial. A indústria também teve aumentos significativos nos custos de produção, superiores a 200%, o que impactou diretamente o preço do café no mercado. Além disso, a alta nos preços das commodities internacionais, como o café arábica, também pressionou os custos.

Embora o setor espere uma maior estabilidade após a chegada da safra de 2024, os consumidores provavelmente continuarão a enfrentar preços elevados. No Brasil, o consumo de café cresceu 1,11% entre novembro de 2023 e outubro de 2024, com o país consumindo 21,9 milhões de sacas. O preço do café no varejo também subiu significativamente, especialmente em categorias como cafés gourmets, superiores e tradicionais.

Com todos esses fatores combinados, a expectativa é que o preço do café continue a subir enquanto a oferta permanece limitada, mas que, com a safra de 2024, a situação deva começar a se equilibrar. O setor ainda aguarda uma grande safra em 2026, que pode ajudar a diminuir os preços e normalizar o mercado.

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