A Bienal das Amazônias inicia sua quinta itinerância em Manaus, trazendo a mostra “Bubuia: águas como fonte de imaginações e desejos”, com 30 obras de 13 artistas, incluindo nove manauaras e sete indígenas. A exposição, que abre nesta quarta-feira (26/03) no Largo de São Sebastião, promove um diálogo entre arte contemporânea e culturas tradicionais da Amazônia, com nomes como Keila Sankofa, Uyra Sodoma, Denilson Baniwa e Paulo Desana. O evento tem apoio do Governo do Amazonas e patrocínio da Nubank e Shell.
Ritual ancestral e curadoria engajada marcam abertura
A cerimônia de inauguração contará com uma defumação sagrada conduzida pela Majé Dyakapiró, liderança Dessana e Tuyuca, utilizando ervas e resina de Breu para purificação e proteção espiritual. A curadoria, assinada por Vânia Leal, busca integrar as expressões artísticas locais com a proposta da Bienal, destacando a diversidade cultural amazônica. Lívia Condurú, presidente do evento, reforça a importância de Manaus como polo artístico da região.
Workshop gratuito e programação até maio
Além da exposição, a itinerância inclui o workshop “Leitura de Portfólio para Artistas de Manaus”, no Palacete Provincial (27/03), com inscrições gratuitas online. A mostra permanece em cartaz até 30 de maio, na Galeria do Largo e Casa das Artes, com entrada franca. A iniciativa já passou por Pará, Maranhão e Roraima e segue para Amapá e Colômbia.
Arte como resistência e conexão com a floresta
A exposição celebra a criação artística indígena e urbana, abordando temas como identidade, memória e ecologia. Vânia Leal destaca o papel da arte em “ensinar a ver” e provocar reflexões sobre a Amazônia. A itinerância reforça o compromisso da Bienal em ampliar o acesso à cultura e valorizar vozes marginalizadas.