A Secretaria de Estado da Educação e Desporto Escolar do Amazonas deu início ao ciclo 2025 do Programa Brasil Alfabetizado (PBA), com a abertura de 22 turmas em Manaus, Careiro da Várzea e Itacoatiara. O evento simbólico ocorreu no Instituto Semeador, na Compensa, zona oeste da capital, e reuniu alunos como Elisabeth Rodrigues, 64 anos, que retomou os estudos após décadas longe da sala de aula. Coordenado pelo Ministério da Educação (MEC), o PBA tem como meta universalizar a alfabetização entre pessoas com 15 anos ou mais, além de reduzir índices de analfabetismo funcional no estado.
Além disso, o programa é organizado para minimizar barreiras geográficas e sociais, instalando turmas em espaços comunitários, como igrejas e associações. Segundo a secretária executiva adjunta Pedagógica, Georgete Borges, o objetivo é garantir que jovens e adultos tenham acesso ao conhecimento como ferramenta de liberdade. “Universalizar a alfabetização é promover cidadania. Quem lê e escreve conquista autonomia para transformar sua realidade”, destacou. Até agora, mais de 200 alunos já foram matriculados, muitos deles idosos que nunca tiveram acesso à educação formal.
Leia também: Brasileiros adultos com ensino superior completo chegam a 18,4%
Para ampliar o impacto, o PBA conta com parcerias locais, como o Instituto Semeador, que oferece cursos gratuitos e ações sociais. De acordo com a presidente da instituição, Ieda Veras, a demanda por alfabetização na região é alta, e a iniciativa reforça o compromisso de inclusão. “Essa turma representa esperança para quem foi excluído do sistema educacional”, afirmou. A gerente do Gaeed, Kátia Mendes, reforçou que o próximo passo é integrar os alfabetizados à Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Por fim, histórias como a de Elisabeth e seu marido, Raimundo Pereira, ilustram o poder transformador do programa. Após abandonar os estudos na adolescência por dificuldades de aprendizado, ela vê na iniciativa uma chance de “abrir a memória” e compreender o mundo. Com turmas em expansão, o Amazonas avança no combate ao analfabetismo, provando que educação é um direito sem idade.
