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A imunização contra hepatites A e B é um passo fundamental para a prevenção

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Ao seguir corretamente o esquema de doses recomendado, é possível evitar infecções e suas consequências mais sérias

De acordo com o Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais do Ministério da Saúde, entre 2020 e 2023, foram registrados 785.571 casos confirmados no Brasil. Desses, 171.255 (21,8%) correspondem a hepatite A, enquanto 289.029 (36,8%) referem-se a hepatite B. Essas infecções virais comprometem a função do fígado e podem resultar em complicações graves para a saúde, inclusive, em situações mais extremas, levar ao óbito. A boa notícia é que a vacinação é uma medida eficaz para prevenir ambas as doenças, protegendo o fígado e contribuindo para a saúde a longo prazo.

Segundo Marcelo Cordeiro, médico infectologista do Sabin Diagnóstico e Saúde, “a imunidade ideal só é alcançada após a conclusão do esquema completo”, o que oferece proteção eficaz contra essas doenças, podendo durar por toda a vida. A vacina contra a hepatite A é administrada em duas doses, enquanto a da hepatite B exige três. Segundo o especialista, “essas vacinas funcionam estimulando o sistema imunológico a produzir anticorpos, prevenindo a infecção”.

A vacina contra hepatites A e B, disponível no Sabin Diagnóstico e Saúde, é composta por vírus inativados, o que proporciona mais segurança à imunização. Para crianças entre 12 meses e 15 anos, o esquema consiste em duas doses com intervalo de seis meses, enquanto para indivíduos a partir de 16 anos, o esquema é de três doses, com intervalos que variam de 1 a 6 meses entre elas.

Embora a vacina seja altamente eficaz, o infectologista alerta que ela não elimina completamente o risco de infecção. “Mesmo vacinados, os indivíduos mais expostos, como profissionais da saúde, usuários de drogas injetáveis ou pessoas com doenças hepáticas crônicas, devem adotar outras medidas preventivas”, ressalta. Manter hábitos de higiene adequados, consumir água tratada e realizar exames periódicos são maneiras eficazes de reduzir ainda mais o risco de contágio, especialmente para esses grupos mais vulneráveis.

Além disso, é fundamental compreender que as complicações das hepatites podem ser graves. A hepatite A, geralmente leve ou assintomática, pode evoluir para insuficiência hepática aguda em casos raros. Já a hepatite B, se não tratada, pode se tornar crônica em 5% a 10% dos casos, aumentando significativamente o risco de cirrose e câncer de fígado. “A hepatite B é uma das principais causas de câncer de fígado no mundo. Por isso, o diagnóstico precoce e a vacinação são fundamentais”, destaca Marcelo Cordeiro.

Portanto, além da vacinação, a conscientização sobre os meios de transmissão e os sintomas dessas hepatites é crucial. A hepatite A é transmitida principalmente por alimentos e água contaminados, enquanto a hepatite B ocorre por contato com sangue e fluidos corporais.

Foto: Freepik

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