A Samsung está a ser preparada para uma reestruturação, com cortes de até 30% no número de funcionários em algumas divisões a nível global. Informações não oficiais, confirmadas por três fontes ligadas ao assunto à Reuters, indicam que o plano afetará diversas áreas da gigante tecnológica. Instruções foram dadas pela Samsung às suas subsidiárias globais para que reduzam em 15% o pessoal envolvido nas vendas e marketing, e até 30% na administração.
Espera-se que a implementação do plano ocorra no final de 2024, com impactos esperados nas Américas, Europa, Ásia e África. A Reuters também obteve confirmações de outras seis fontes que corroboraram a redução global de funcionários. O SAPO TEK tentou contactar a Samsung Portugal para esclarecer se a sucursal portuguesa seria impactada, mas não obteve resposta até o fechamento da notícia. O número exato de empregados afetados e os países e negócios a serem reestruturados ainda não foram revelados, pois as fontes optaram por permanecer anônimas, dado o caráter confidencial do assunto.
A Samsung confirmou que os ajustes realizados nos trabalhadores são parte da rotina operacional, visando a melhoria da eficiência. Em dezembro de 2023, a Samsung contava com 267.800 funcionários, sendo 147.000 alocados fora da Coreia do Sul, com a maioria dedicada ao desenvolvimento e fabricação de produtos.
Foi assegurado pela Samsung que as áreas de produção não serão afetadas pelos cortes. Uma das fontes indicou uma redução de 1.000 empregados na Índia, onde 25.000 pessoas estão empregadas pela fabricante. Um jornal sul-coreano também mencionou uma possível diminuição de 30% no número de trabalhadores na China, especialmente nas vendas.
A recuperação da Samsung no mercado de chips está a ser considerada mais lenta em comparação com a concorrência. No primeiro trimestre de 2023, uma queda de 95,8% nos lucros operacionais foi registrada, com quebras semelhantes nos trimestres seguintes. Somente em 2024, a empresa começou a apresentar crescimento, impulsionado pela demanda por chips de inteligência artificial. As medidas adotadas estão a ser interpretadas como uma antecipação a um novo ciclo de desaceleração na procura por produtos tecnológicos, em resposta à situação econômica global, com a intenção de reduzir custos.
Por Lauane Cristine / com informações da Sapo Tek
