Thaís Desana e Coletivo Miriã Mahsã destacam arte indígena LGBT+ na Bienal das Amazônias

A Bienal das Amazônias promove, nesta quarta-feira (14), um diálogo sobre cultura e identidade com Thaís Desana, artista e coordenadora do Coletivo Miriã Mahsã, formado por indígenas LGBT+ do Amazonas. No evento Bubuia Falantes, na Galeria do Largo (Centro de Manaus), ela compartilhará as vivências do grupo, que une arte, ancestralidade e resistência em contextos urbanos. A iniciativa integra a Itinerância “Bubuia: águas como fonte de imaginações e desejos”, que segue até 30 de maio com apoio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do AM.

Além disso, Thaís, mestranda em Antropologia Social pela UFAM, utiliza desenhos e pinturas para explorar gênero e sexualidade em corpos indígenas, conectando tradições cosmológicas a debates contemporâneos. Sua atuação reforça como a arte indígena LGBT+ tem ganhado espaço em ambientes políticos e culturais. A parceria entre a Bienal, empresas privadas e o governo estadual viabilizou a ocupação de espaços como a Casa das Artes, ampliando o alcance dessas narrativas.

Durante a roda de conversa, a pesquisadora destacará a importância de eventos como a Bienal para ecoar vozes marginalizadas. “Espaços assim abrem portas para que mais indígenas LGBT+ mostrem suas visões de arte como política”, afirma Thaís, referindo-se à missão do Coletivo Miriã Mahsã. Ela ainda ressaltou que a arte indígena LGBT+ não apenas preserva tradições, mas também desafia estereótipos, criando pontes entre gerações e territórios.

Por fim, a programação da Itinerância Bubuia segue até o fim de maio, com entrada gratuita. Enquanto a arte indígena LGBT+ ganha visibilidade, a Bienal reforça seu compromisso com a diversidade amazônica, oferecendo plataformas para discussões que misturam criação artística, lutas sociais e celebração da identidade. Mais informações estão disponíveis no site oficial do evento.

©FURACÃO DE NOTÍCIAS – Todos os direitos reservados.

plugins premium WordPress