A variante XEC da COVID-19, pertencente à linhagem Ômicron, foi detectada recentemente no Brasil, com casos relatados nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina. Inicialmente identificada em Berlim, em junho de 2024, essa variante já se disseminou para mais de 35 países, incluindo regiões da Europa, Américas e Ásia. A Organização Mundial da Saúde (OMS) colocou a XEC sob monitoramento devido a mutações que podem aumentar sua capacidade de transmissão em relação a outras variantes.
No Brasil, a XEC foi detectada por meio de um programa de sequenciamento genético conduzido pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). Apesar disso, a variante JN.1 ainda prevalece como a principal em circulação no país. Especialistas, como a virologista Paola Resende, explicam que é prematuro determinar os efeitos da XEC no Brasil, já que a resposta imunológica varia conforme as cepas previamente circulantes.
A origem genética da XEC está associada à recombinação entre duas variantes anteriores. Embora seu potencial de maior transmissibilidade tenha sido observado, ainda não há dados conclusivos sobre sua gravidade.