MTE resgata vítimas de trabalho análogo à escravidão em Minas Gerais

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) resgatou duas vítimas de condições análogas à escravidão em Planura, Minas Gerais, durante operação realizada entre 8 e 15 de abril. Violência, exploração, resgate, dignidade marcaram a ação, que contou com apoio da Polícia Federal (PF), do Ministério Público do Trabalho (MPT) e de universidades. As vítimas, um homem homossexual e uma mulher transgênero, foram aliciadas por redes sociais com falsas promessas de emprego e moradia. Em seguida, foram submetidas a jornadas exaustivas, cárcere privado e agressões físicas e psicológicas.

De acordo com a denúncia recebida pelo Disque 100, os empregadores aproveitavam-se da vulnerabilidade socioeconômica e afetiva das vítimas, especialmente da comunidade LGBTQIAPN+. Além disso, um dos resgatados foi obrigado a tatuar as iniciais dos patrões, em um claro ato de dominação. Violência, exploração, resgate, dignidade tornaram-se evidentes nos relatos, que incluíam até mesmo um caso de AVC decorrente do estresse extremo.

Diante das provas coletadas, três suspeitos foram presos em flagrante pela PF. Enquanto isso, as vítimas recebem atendimento médico, psicológico e jurídico por meio da Clínica de Enfrentamento ao Trabalho Escravo da UFU e da UNIPAC. Posteriormente, elas serão encaminhadas para programas de proteção social.

Para combater crimes como esse, a população pode denunciar de forma anônima pelo Sistema Ipê ou pelo Disque 100. Portanto, é fundamental que a sociedade esteja atenta e participe ativamente no enfrentamento a essas violações.

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