A Meta está desenvolvendo novamente óculos inteligentes com IA e reconhecimento facial, segundo informações do The Information. A tecnologia, testada na primeira geração dos dispositivos, foi abandonada, mas agora retorna como parte do sistema “super sensing”, que identifica pessoas próximas ao usuário e memoriza seus nomes. Contudo, a iniciativa reacende debates sobre privacidade, já que indivíduos podem ser reconhecidos sem consentimento explícito.
Atualmente, os óculos Ray-Ban da Meta acendem uma luz ao gravar vídeos, mas ainda não está claro se o mesmo aviso será aplicado ao reconhecimento facial. Além disso, a funcionalidade consome muita bateria, limitando seu uso a cerca de 30 minutos, mas futuros modelos prometem maior autonomia. Enquanto isso, a Meta afirma que o “super sensing” será opcional, não ativado por padrão. Ainda assim, críticos questionam se uma simples luz é suficiente para garantir a privacidade de terceiros.
Leia também: Meta lança tradução em tempo real nos óculos Ray-Ban com IA e novos designs
A empresa também está explorando óculos inteligentes com IA em fones de ouvido com câmeras embutidas, ampliando as possibilidades de uso. Recentemente, a Meta atualizou seus wearables com tradução em tempo real, funcionando offline em inglês, francês, italiano e espanhol. Basta dizer “Hey Meta, start live translation” para conversar em outro idioma. Essas inovações reforçam a estratégia da Meta em integrar assistentes de IA ao cotidiano.
No entanto, as políticas de privacidade dos dispositivos sofreram alterações: a IA agora é ativada por padrão, e a única forma de desligá-la é desativar o comando de voz “Hey Meta”. Com a crescente preocupação sobre vigilância e coleta de dados, a Meta terá que equilibrar inovação e transparência para ganhar a confiança dos usuários.