Existem pelo menos 33 extensões do Chrome comprometidas e que foram alvo de ciberataques durante a época natalícia. A descoberta foi feita inicialmente pela empresa de cibersegurança Cyberhaven, que confirmou um ataque malicioso na sua própria extensão para o Chrome. A empresa refere que detetou o ataque durante a véspera de Natal, mas rapidamente chegou à conclusão que não tinha sido a única afetada e que havia outras extensões vulneráveis.
Segundo aponta no seu blogue, um ataque de phishing comprometeu o acesso ao Chrome Web Store de um trabalhador da empresa. O hacker usou esse acesso para publicar uma versão maliciosa da sua extensão (a versão 24.10.4). A equipa de segurança da Cyberhaven detetou a ocorrência em menos de 24 horas e removeu a extensão maliciosa, que afetou 400 mil dos seus clientes.
Ainda assim, o ataque impactou outros browsers baseados em Chrome e segundo a empresa, browsers a correr esta extensão comprometida durante este período poderão ter sido partilhados cookies e sessões autenticadas em certos websites alvos dos ataques. Os investigadores dizem que nas suas descobertas iniciais, o hacker estava a mirar logins de anúncios específicos de redes sociais e plataformas de IA.
O alerta da Cyberhaven despertou a atenção de outros investigadores de cibersegurança, chegando-se à conclusão que foram afetadas pelo menos 33 extensões e que os dados de 2,6 milhões de equipamentos foram comprometidos, avança o Arstechnica. Os developers e investigadores descobriram que o ataque foi realizado a outras extensões, em muitos casos com sucesso, através da mesma campanha de spear phishing. Estima-se que, coletivamente, as 20 extensões afetadas agora descobertas tenham somado 1,46 downloads.