A prévia da inflação de fevereiro, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), indicou uma queda de 0,37 ponto percentual nos preços dos alimentos dentro e fora do domicílio, em comparação com janeiro. No entanto, o índice geral subiu 1,23%, influenciado principalmente pelos aumentos nos grupos Habitação e Educação.
No grupo Alimentação e Bebidas, a inflação doméstica aumentou 0,63% em fevereiro, abaixo dos 1,10% registrados em janeiro. Destaque para quedas nos preços da batata-inglesa (-8,17%), arroz (-1,49%) e frutas (-1,18%). Já a alimentação fora do domicílio desacelerou de 0,93% para 0,56%, com refeições e lanches apresentando variações menores que no mês anterior.
Por outro lado, alguns alimentos tiveram alta significativa, como a cenoura (17,62%) e o café moído (11,63%).
O grupo Habitação foi o que mais contribuiu para o aumento do IPCA-15, com alta de 4,34%, impulsionado principalmente pela energia elétrica residencial, que subiu 16,33% após a queda de 15,46% em janeiro. A taxa de água e esgoto também registrou aumento de 0,52%, devido a reajustes tarifários em Belo Horizonte e Porto Alegre.
Em Educação, a variação de 4,78% foi influenciada pelos reajustes nos cursos regulares, com destaque para o ensino fundamental (7,50%), ensino médio (7,26%) e ensino superior (4,08%).
No grupo Transportes (0,44%), os combustíveis subiram 1,88%, com aumentos no etanol (3,22%), óleo diesel (2,42%) e gasolina (1,71%). As passagens aéreas, no entanto, caíram 20,42%. Os ônibus urbanos tiveram alta de 5,20%, com reajustes em cidades como São Paulo (14,68%) e Rio de Janeiro (6,34%).
Regionalmente, Recife registrou a maior variação (1,49%), impulsionada pela energia elétrica residencial (14,78%) e gasolina (3,74%). Já Goiânia teve o menor índice (0,99%), com quedas nas passagens aéreas (-26,67%) e no arroz (-2,67%).
A prévia do IPCA-15 reforça a tendência de desaceleração na inflação de alimentos, mas alerta para pressões em outros setores, como habitação e educação.