Na terça-feira (20), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) deu um importante passo na regulamentação do Programa Arapaima, voltado à preservação dos ecossistemas aquáticos e à organização das comunidades pesqueiras no Amazonas.
Institucionalizado pela Portaria n.º 22 do Ibama, publicada em fevereiro de 2025, o Programa Arapaima marca uma nova era na conservação do pirarucu (Arapaima gigas) e das áreas de várzea amazônicas. A proposta visa implementar um plano estratégico, em colaboração com a Superintendência do Ibama no Amazonas (SUPES/AM), para aprimorar o manejo sustentável dessa espécie emblemática.
Fonte: Divulgação Ibama-AM
Cristina Buck, Coordenadora de Uso Sustentável da Fauna e Biodiversidade Aquática do Ibama, destaca que o manejo do pirarucu, iniciado na região do Médio Solimões, expandiu-se de forma expressiva, alcançando mais de 3.232 áreas sob a gestão de comunidades tradicionais e ribeirinhas. Com a regulamentação oficial, será possível ampliar o orçamento, consolidar parcerias com universidades e institutos de pesquisa, e definir metas claras para a gestão da espécie.
“A chegada do Programa Arapaima representa uma nova fase, consolidando a valorização do manejo e integrando-o de forma mais estruturada ao Ibama”, afirma Buck.
A pesca do pirarucu segue normas rígidas: apenas 30% dos adultos podem ser capturados, enquanto 70% devem permanecer no ambiente, garantindo a continuidade da reprodução e o equilíbrio dos estoques naturais.
Segundo Walmir Nogueira, agente do Ibama, a proteção ambiental vai além da conservação de uma única espécie. “Defendemos toda a floresta, os rios e os recursos naturais que compõem esse território, promovendo um equilíbrio ecológico duradouro.”
O manejo sustentável do pirarucu também fortalece a organização social das comunidades. “Esse trabalho reforça a união dos pescadores, valorizando o esforço coletivo”, enfatiza Nogueira.
Fonte: Divulgação Ibama-AM
O Programa Arapaima é um marco no fortalecimento da proteção ao pirarucu e aos ecossistemas amazônicos, evidenciando a importância da participação ativa das comunidades na preservação do meio ambiente.