O governo federal anunciou, nesta quinta-feira (6/3), 16 medidas para baratear os preços dos alimentos e ampliar o acesso à cesta básica. Entre as ações, está a isenção de impostos de importação para itens essenciais, como café, azeite, açúcar, milho, óleo de girassol, sardinha, biscoitos, macarrão e carnes. O vice-presidente Geraldo Alckmin fez o anúncio após uma reunião com ministros e representantes do setor produtivo.
No plano regulatório, o governo decidiu manter a mistura de 14% de biodiesel no diesel (B14), que estava prevista para aumentar em 2025. Essa decisão visa garantir preços competitivos no transporte de alimentos. Além disso, a mistura de 27,5% de etanol na gasolina também será mantida, reforçando a estabilidade dos custos logísticos.
Outra medida importante é a extensão do Serviço de Inspeção Municipal (SIM) por um ano. Com isso, produtos já certificados, como leite fluido, mel e ovos, poderão ser comercializados em todo o território nacional. De acordo com o ministro Carlos Fávaro, o objetivo é aumentar a competitividade dos produtos da agricultura familiar.
No âmbito do Plano Safra, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) assumirá a responsabilidade de formar estoques reguladores de itens da cesta básica. Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário, destacou que alguns produtos agrícolas usados como insumos industriais também receberão subsídios.
Para incentivar preços justos, o governo lançará o Selo Empresa Amiga do Consumidor, uma parceria com o setor privado. Esse selo identificará supermercados que praticam preços equilibrados na cesta básica, estimulando a redução de custos para o consumidor final.
Segundo Alckmin, as medidas têm como objetivo reduzir preços, proteger o poder de compra da população e estimular o setor produtivo. “O governo está abrindo mão de impostos para favorecer a redução de preços”, afirmou.