O futuro da Amazônia foi discutido no Fórum Jovens Cientistas sobre Ecointeligência para o Futuro, realizado nessa última sexta-feira (4) em Manaus. O evento, organizado pelo Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), contou com a presença do ministro chinês de Ecologia e Meio Ambiente, Huang Runqiu, que abriu os debates. Soluções sustentáveis para a região e o planeta foram propostas por especialistas do Brasil e da China.
Experiências foram compartilhadas entre jovens pesquisadores e cientistas renomados, com o objetivo de enfrentar os desafios ambientais globais. A programação, que teve formato híbrido, incluiu painéis sobre políticas para jovens cientistas, biodiversidade, biotecnologia e mudanças climáticas. A cooperação internacional foi destacada como essencial para avanços na bioeconomia.
A Professora XIAO-HUA ZHANG da UNIVERSIDADE DE OCEANO DA CHINA, ressaltou a importância do Fórum Jovens Cientistas. “Eu vim da Ocean University na China, uma universidade reconhecida por sua excelência em estudos de biodiversidade marinha, trabalhando com oceanografia em escala global. Acredito que minha universidade tem um papel muito importante no estudo dos oceanos, que são essenciais para o planeta.Minha área de pesquisa é a oceanografia microbiana, focada em entender como os microrganismos atuam no oceano. Atualmente, as pessoas estão muito preocupadas com as mudanças climáticas, especialmente devido aos gases do efeito estufa, como dióxido de carbono e metano.
No entanto, eu estudo um gás diferente, chamado DMS (dimetil sulfeto), que tem um efeito de resfriamento no clima. Se esse gás aumentar, pode ajudar a reduzir as temperaturas globais. Meu trabalho busca entender como os microrganismos marinhos produzem e regulam esse gás.Além disso, tenho uma grande colaboração com pesquisadores do Brasil, especialmente com o Professor Fabiano. Trabalhamos juntos no estudo de bactérias marinhas e seu impacto no ecossistema. Essa parceria entre China e Brasil é fundamental para avançarmos na ciência e na proteção dos oceanos.” disse a professora.
O fórum foi promovido em parceria com o Instituto de Ciências Ambientais do Sul da China (SCIES), o Ministério do Meio Ambiente da China e instituições brasileiras, como a UFRJ e a Fundação Universitas. O auditório do CBA, localizado no Distrito Industrial de Manaus, recebeu participantes presenciais, enquanto outros acompanharam virtualmente.
Tecnologias ambientais e ecologia urbana foram abordadas por especialistas, que defenderam a mitigação dos impactos das mudanças climáticas. A bioeconomia da Amazônia foi apontada como prioridade, com projetos inovadores sendo apresentados. O ministro Huang Runqiu enfatizou a importância da colaboração sino-brasileira para a preservação da maior floresta tropical do mundo.
Ao final do evento, concluiu-se que a união entre jovens talentos e instituições fortalecerá a pesquisa sustentável. A China e o Brasil reafirmaram seu compromisso com a inovação verde, garantindo que a Amazônia seja protegida para as futuras gerações.
Por Lauane Cristine
