De 4 a 7 de junho, o Festival Saberes da Floresta celebra a cultura tradicional amazônica às margens da BR-319, no Careiro Castanho (AM). Promovido pela Casa do Rio em parceria com organizações como a WCS Brasil e a prefeitura local, o evento reúne comunidades ribeirinhas, indígenas, pesquisadores e artistas em oficinas, rodas de conversa e ações ambientais. Com o tema “encontro, celebração e resistência”, a iniciativa busca valorizar saberes ancestrais e gerar oportunidades de renda sustentável. Destaque para atividades como observação de aves, feiras agroecológicas e o “Manifesto dos Povos da BR-319”, documento colaborativo que reforça demandas territoriais.
Além da troca de conhecimentos, o festival é marcado por uma programação cultural vibrante. Saraus de poesia, sessões de cinema com o Tupicine e apresentações de cirandas destacam a riqueza artística local. Paralelamente, encontros temáticos mobilizam jovens comunicadores, lideranças comunitárias e mulheres, fortalecendo redes de cooperação. Segundo Eliane Soares, da Casa do Rio, o protagonismo das populações tradicionais é central: “Elas conduzem as atividades, mostrando ao mundo seu potencial”. A feira de produtos regionais e os concursos de culinária e artesanato também evidenciam a diversidade da cultura tradicional amazônica.
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A sustentabilidade permeia todas as ações, como a oficina “Mão na Massa”, que ensina técnicas de preservação ambiental. Transition words como “paralelamente” e “além disso” ajudam a conectar os eixos do evento, que inclui desde debates sobre turismo de base comunitária até discussões sobre dignidade menstrual. Para os organizadores, o festival não apenas fortalece identidades, mas também confronta desafios como a pressão de grandes obras e as mudanças climáticas.
Por fim, o encerramento será marcado por desfiles de moda regional, cirandas e shows musicais, consolidando o festival como espaço de resistência e inovação. Com mais de 10 comunidades envolvidas, a iniciativa reforça a importância de políticas públicas que protejam os saberes locais. Em sua segunda edição, o evento confirma que a BR-319, além de rodovia, é um corredor de vida e cultura tradicional amazônica.