As contratações de aprendizes crescem 20,45% no Brasil nos dois primeiros meses de 2025, segundo dados do Novo Caged do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Foram 34.821 novos contratos entre janeiro e fevereiro, com a indústria liderando as vagas (29.914 postos). De acordo com o levantamento, o saldo positivo reflete a força da Lei da Aprendizagem, que impulsiona contratações de aprendizes e garante inserção qualificada de jovens de 14 a 24 anos no mercado. “Essa política é vital para inclusão e formação profissional”, afirma Magno Lavigne, secretário do MTE.”
Além do setor industrial, construção civil (3.316 vagas) e serviços (1.249) também impulsionaram os números. Por outro lado, o comércio registrou saldo negativo (-409), com mais desligamentos que contratações. Quanto ao perfil, 57% dos aprendizes têm até 17 anos, e mulheres representam 52% dos contratos. Ainda segundo os dados, 45% dos jovens estão no ensino médio, combinando estudo e prática profissional.
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Para Lavigne, a aprendizagem é uma porta de entrada estratégica. “Ela prepara os jovens para desafios futuros, garantindo direitos como carteira assinada e capacitação teórica”, explica. Dessa forma, a lei beneficia tanto empresas, que cumprem cotas de 5% a 15% de aprendizes, quanto os contratados, que recebem formação técnica e experiência.
Atualmente, o país tem 633.720 vínculos ativos de aprendizagem, um aumento de 33% em cinco anos. Com projeções positivas, a expectativa é que o modelo continue expandindo, especialmente em setores como indústria e construção civil. Enquanto isso, o MTE reforça a importância de consultar entidades qualificadoras para aderir ao programa e garantir o cumprimento da legislação.