Comercio ilegal de axolotes: Crime ambiental e perigo ecológico

Recentemente, a Receita Federal apreendeu três axolotes (Ambystoma mexicanum) em uma agência dos Correios de Manaus, expondo o avanço do comércio ilegal dessa espécie no Brasil. Os animais, transportados em sacos plásticos com água e um sistema precário de oxigenação, seguiam para destino desconhecido quando autoridades interceptaram o carregamento. Após a ação, os exemplares — dois albinos e um de coloração selvagem — foram encaminhados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama no Amazonas. O caso reforça os riscos de práticas ilegais impulsionadas pela popularidade do animal, que viralizou após aparecer no jogo Minecraft em 2021.

Legislação Rigorosa e Riscos Ecológicos

De acordo com a legislação ambiental brasileira, o comércio ilegal de axolotes configura crime, com penas que variam de multas elevadas a detenção. Joel Araújo, Superintendente do Ibama-AM, alerta: “A vida silvestre está sendo ameaçada por práticas incentivadas na Internet. Muito do que se publica e faz online com a fauna constitui crime”. Além disso, a espécie, nativa do México, é classificada como exótica no país, o que proíbe sua posse sem autorização. A introdução de animais não nativos, como alertam biólogos, pode desequilibrar ecossistemas locais, competindo com espécies brasileiras ou introduzindo doenças.

Foto: Divulgação

Estratégias de Combate ao Tráfico

Para combater o comércio ilegal de axolotes, órgãos como o Ibama intensificam a fiscalização em fronteiras e plataformas online, onde a venda desses animais cresce clandestinamente. Especialistas destacam que o tráfico internacional de espécies exóticas não só amplia a degradação ambiental, mas também financia redes criminosas. Enquanto isso, instituições defendem campanhas de conscientização para reduzir a demanda, já que muitos compradores desconhecem os impactos ecológicos e as consequências jurídicas.

Papel da População na Preservação

Diante desse cenário, a população tem papel crucial. Denúncias ao Ibama ou à linha “Disque Natureza” (0800-061-8080) ajudam a coibir a prática. A preservação da biodiversidade depende da união entre fiscalização rigorosa, educação ambiental e responsabilidade coletiva. Enquanto axolotes seguem como “troféus” em redes sociais, seu comércio ilegal simboliza uma ameaça global que exige ação imediata.

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