Com o aumento de roubos e furtos de celulares, especialmente durante eventos como o Carnaval, a segurança dos dispositivos móveis tornou-se uma prioridade. O programa Celular Seguro, do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), oferece duas opções para proteger os aparelhos: o bloqueio total e o Modo Recuperação, lançado em dezembro de 2024.
O bloqueio total é a opção mais rigorosa. Quando acionado, ele desativa a linha telefônica, as contas vinculadas a instituições parceiras e o IMEI do aparelho — número único que identifica o dispositivo na rede de telefonia. Com o IMEI bloqueado, o celular não pode mais se conectar a nenhuma rede, tornando-o inutilizável, mesmo com a troca do chip.
Essa medida é eficaz para desencorajar roubos, já que o aparelho perde totalmente seu valor no mercado clandestino. No entanto, caso o dono recupere o dispositivo, será necessário passar por um processo burocrático para reverter o bloqueio. Já o Modo Recuperação é uma alternativa mais flexível. Ele bloqueia a linha telefônica e as contas vinculadas, mas mantém o IMEI ativo. Isso permite que, se o celular for recuperado, ele volte a funcionar imediatamente após a instalação de um novo chip.
A segunda fase do Modo Recuperação, ainda em desenvolvimento, incluirá uma notificação ao inserir um novo chip, solicitando que o aparelho seja levado à delegacia mais próxima. Essa funcionalidade, inspirada em uma experiência do Piauí, visa desestimular a receptação de celulares bloqueados.
Qual opção escolher?
A escolha depende da situação: Bloqueio total: Ideal para quem não pretende recuperar o aparelho, garantindo que ele seja inutilizado. Modo Recuperação: Recomendado para casos de perda ou extravio, onde há chances de recuperação.
Segundo Manoel Carlos de Almeida Neto, secretário-executivo do MJSP, o importante é que os usuários conheçam as ferramentas e saibam como usá-las. “Recomendamos incluir pessoas de confiança no cadastro, que podem ajudar no bloqueio em caso de emergência”, explica.