A ministra da Cultura, Margareth Menezes, liderou uma missão oficial ao Benin, destacando a importância dos laços culturais e históricos entre os dois países. A comitiva passou cinco dias em compromissos institucionais e culturais, com ênfase na ancestralidade e na cooperação internacional.
Durante a visita, os integrantes da missão conheceram locais de grande relevância cultural e histórica, como o Museu Panthéon Noir et Africain (Panteão Negro e Africano) e a Grande Mesquita, ambos situados em Porto-Novo, cidade considerada a mais “brasileira” do Benin. Esses espaços representam o forte vínculo cultural entre as duas nações, especialmente no que tange à herança deixada pelos africanos escravizados.
Um dos momentos mais importantes da viagem foi a instalação do Comitê de Implementação dos Acordos Culturais. O comitê tem como objetivo expandir a cooperação nas áreas de artes, audiovisual e preservação do patrimônio cultural. A instalação aconteceu durante o Festival das Culturas Ancestrais, em Cotonou e Uidá, momentos de celebração da espiritualidade e tradições beninenses, que são fundamentais para a identidade cultural do Brasil.
Margareth Menezes destacou a relevância desse fortalecimento das relações entre os países. “Nossa missão é expandir e reforçar ainda mais essa relação, uma honra representar o presidente Lula e o governo brasileiro nesse movimento de aproximação com o Benin”, afirmou a ministra.
O Ministro da Cultura do Benin, Jean-Michel Abimbola, também se expressou sobre a visita, evidenciando a importância da colaboração futura. “Estamos felizes em trabalhar juntos em projetos que visam reconectar nossos povos, promovendo programas nas áreas de patrimônio, arte e cultura, que permitirão a união permanente entre nossos irmãos”, declarou Abimbola.
A viagem sublinhou o compartilhamento de costumes e tradições que marcaram a formação da identidade brasileira, com forte influência das culturas africanas que chegaram ao Brasil por meio do tráfico de escravizados.