A Amazônia Legal alcançou o menor registro de áreas sob alerta de desmatamento para o mês de fevereiro desde o início da série histórica. De acordo com o sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram identificados 80,95 km² de desmatamento em fevereiro de 2025, uma queda significativa de 64,26% comparado ao mesmo período de 2024, quando foram detectados 226,51 km². O ano de 2023 havia marcado o pior cenário, com 321,97 km² de áreas desmatadas no mesmo mês.
O Cerrado também apresentou redução nos alertas de desmatamento em fevereiro de 2025, com 494,05 km² identificados, contra 655,51 km² no mesmo mês de 2024, o que representa uma diminuição de 24,63%. Esse foi o maior valor registrado desde o início da série histórica em 2019.
O Deter, sistema que emite alertas diários para orientar ações de fiscalização, não deve ser interpretado como indicador de tendência anual. Para isso, o Inpe utiliza o Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), que analisa o período de agosto a julho do ano seguinte. O Prodes mede desmatamentos por corte raso e degradação progressiva, como áreas devastadas por incêndios.
Em 2024, o Prodes registrou uma redução de 46% no desmatamento da Amazônia em comparação a 2022. Entre agosto de 2023 e julho de 2024, a queda foi de 30,63%, a maior redução percentual em 15 anos. No Cerrado, o declínio foi de 25,7% no mesmo período, marcando a primeira queda em cinco anos.
Ações do Governo Federal
Desde janeiro de 2023, o governo federal intensificou esforços para reduzir o desmatamento no Brasil, alinhando-se ao compromisso de zerar o desmatamento ilegal até 2030. Os Planos de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm) e no Cerrado (PPCerrado) foram relançados em 2023, enquanto os planos para o Pantanal (PPPantanal) e a Caatinga (PPCaatinga) foram divulgados em dezembro de 2024. Planos para a Mata Atlântica e o Pampa estão em desenvolvimento.