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Banco Central Ignora Alta do Dólar e Crítica Cresce após Anúncio de Cortes de Gastos pelo Governo

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Nos últimos dias, a pressão do “mercado” sobre o governo para que sejam feitos cortes nos recursos destinados às parcelas mais pobres da população atingiu seu ápice, gerando uma onda de especulação que fez o dólar alcançar sua cotação mais alta da história. Esperava-se que o Banco Central (BC), tradicionalmente responsável por intervir nas flutuações do mercado cambial, agisse contra a disparada da moeda americana. No entanto, sob a gestão de Roberto Campos Neto, a instituição não tomou nenhuma medida para conter a alta.

O anúncio de cortes no orçamento, feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não diminuiu a especulação, mas, ao contrário, a intensificou. Em redes sociais, a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, acusou o Banco Central de omissão diante da situação. “O BC de Campos Neto não fez nada para conter a especulação que levou o dólar a R$ 6“, afirmou Hoffmann, lembrando que, durante o governo Bolsonaro, o Banco Central interveio com leilões de swap e exigência de depósitos à vista para controlar a moeda.

Com a alta do dólar, a gestão de Campos Neto foi comparada à sua atuação anterior, quando, em abril de 2020, o Banco Central chegou a queimar US$ 7 bilhões em três dias para tentar segurar a cotação. Porém, dessa vez, a expectativa de que a instituição agisse ficou frustrada, com a moeda americana continuando a subir sem intervenção.

Além disso, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, também criticou a postura do presidente do BC. “Estamos em contagem regressiva para ter um Banco Central com foco no Brasil e não em Miami“, disse Rui Costa, referindo-se à origem de Campos Neto, que possui milhões investidos em renda fixa e offshores em paraísos fiscais, o que o colocaria como beneficiário da alta do dólar.

Campos Neto, em outros momentos, também foi criticado por seu tratamento dos pequenos investidores como “rentistas, enquanto favorecia grandes bancos. Em sua gestão, os ganhos dos rentistas ficaram mais evidentes, e a alta do dólar parece estar favorecendo sua própria situação financeira, em detrimento dos interesses da população brasileira.

A postura do Banco Central, sob sua liderança, levanta questionamentos sobre seu compromisso com o bem-estar do Brasil e de seus cidadãos, especialmente no que diz respeito ao controle da inflação e da valorização da moeda nacional.

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